Proteínas

Proteólise: Ciclo da Alanina-Glicose


Em situações de jejum ou dieta, em que há pouca oferta de glicose, as proteínas são quebradas, gerando alanina, lançada na corrente sanguínea e captada pelo fígado. Lá, é desaminada, liberando o grupamento amina e formando piruvato, o qual pode dar origem à glicose que, por sua vez, pode ser utilizada para manter a glicemia em níveis normais. Além disso, a glicose pode ser utilizada pelo próprio músculo como fonte de energia, formando piruvato novamente e, assim, sofrendo aminação, o que forma alanina e ressintetiza a proteína. 


Quando o organismo está em repouso, a quebra de proteínas não se faz necessária para a produção de glicose, pois ela se encontra em concentrações suficientes para a manutenção das funções vitais. Porém, quando estamos em exercício, há degradação de proteínas por gliconeogênse. Em exercícios com baixa ingestão de carboidratos, a demanda de glicose é ainda maior, e a gliconegênese torna-se mais intensa para a produção de energia. O nível de degradação de proteínas pode ser mensurado a partir das concentrações de N2 e NH2 no suor, conforme o gráfico abaixo: 


Síntese de Proteínas


O DNA possui sequências de bases nitrogenadas que contêm informações para a síntese de proteínas no organismo, e a porção capaz de realizar tal síntese é o gene. Quando um estímulo – de origem mecânica, endócrina, térmica ou elétrica, dependendo do gene, do tecido e da proteína a ser sintetizada – ativa o gene, a dupla fita de DNA sofre a quebra das pontes de H, e uma porção gênica do DNA é exposta. 

O RNA mensageiro, produzido a partir do DNA, o traduz. Desta forma, ele sai do núcleo e vai para o retículo endoplasmático rugoso, onde estão localizados os ribossomos – centros catalíticos de síntese de proteínas. Neles, há RNA transportador, que conduz aminoácido até o RNA mensageiro, num processo de codificação sequencial de códons (trincas de bases nitrogenadas). Cada códon se liga a um aminoácido específico

A partir daí, forma-se uma cadeia de aminoácidos, e o RNA mensageiro é destruído pela enzima RNase. A fita de aminoácidos, por causa de suas cargas e de seu tamanho, atrai-se e assume uma configuração espacial e uma função biológica, permanecendo na célula ou sendo exportada. 

O acréscimo de aminoácidos na dieta não aumenta a síntese de proteínas. Se o DNA não estiver sinalizando para tal processo, os aminoácidos em excesso serão excretados na urina e no suor.


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